O FIM DE TUDO

O fim do casamento é a prole,

O fim do amor é a dor,

O fim do ébrio é o último gole,

O fim da raiva é o amor.

O fim do azar é a grande sorte,

O fim do desejo é a saciedade,

O fim da vida pode ser a morte,

O fim do habilidoso é a incapacidade.

O fim do “Brutus” é a cordialidade,

O fim da escacês é a superabundância,

O fim da civilização é a criminalidade,

O fim da poesia é a ignorância.

O fim dos homens bons, sãos os homens maus,

O fim do nosso planeta, são eles com certeza,

O fim o universo, é a teoria do caos,

O fim da nossa vida, é o fim da natureza.

O fim da flor, é mesmo o fruto,

O fim do noivo é o marido,

O fim do manso, é tornar-se bruto,

O fim da gravidez é ter sido parido.

Entretantos e finalmentes tudo mesmo tem final,

Nasce o homem para viver, vivemos para morrer,

É a decadência da vida, em estado natural,

Lei do próprio universo, lei do amor, lei do sofrer.