É uma figura*

“Feliz não é quem cedo levanta, mas

quem cedo bebendo, o mal espanta.”

(Gargantua – RABELAIS)

Amigo, sua história é a luz da verdade.

Domingo, foi à festa com maldade.

Comprou convite? Comprou não.

O convite é necessário comprá-lo.

A você não lhe agrada tais comentários.

Penetra, não tem medo de ser.

Na grande casa, não podem lá descobrir todos.

A festa é em frente ao braço de mar.

Em uma dança mansa que não cansa,

Comeu mais de dois pratos e morreu.

Deu o último suspiro, caiu para trás.

Acontece que o meu amigo mudou de residência para outro mundo.

Tudo se tornou silêncio, tudo se tornou calma, mudez.

Ó Deus, guarde a salvo o heróico e altivo beberrão!

Bebeu nada! Esta só frase em si resume tudo.

Está morrendo de frio, ali, no terno de areia que vestiu.

Abaixo, via a terra, base sem nitidez.

Acima, via o céu, redemoinho incessante.

Era um fantasma, que o “Senhor” com sua suave e doce voz a ele falou:

- Levante-se da areia e vamos.

E ele:

- Perrr... doa meusss pecados e leva-me para a tua morada, hic!, Sinhô!

E o “Senhor” disse:

- Pinguço sem teto, que bebe a consciência, a sua casa carregar-lhe não vou! Limpe o vômito do seu corpo, desce desse descente andor e não me chame de Senhor.

* ao amigo Márcio Hilário.