BREGA
BREGA
Elizabeth Fonseca
Sou brega,
Que não se entrega
Ao forte cansaço.
Sou brega de fato,
No jeito e no tato
Como posso ser.
Meus horizontes
Têm conquistas, sou otimista.
Tenho espaço pra pensar,
E trabalhar.
Meu limite é uma senda,
Que pode sempre
Se alongar e se alargar.
Sou brega, minha gente,
Tudo posso realizar.
Minha alma é alegre, festiva,
Amiga do sol, do vento, da chuva,
E do que me possa atalhar.
Às vezes, me visto de chique
Os conformes me inibem,
Sem que possam perceber.
Sinto-me dama que exibe,
Tudo que possa ter.
Sou brega,
A mulher, a mãe,
A esposa amiga.
Sou brega e
Não vejo limites
Na linhagem da vida.
Sou brega,
Romântica, charmosa,
Sou também dinâmica,
Sou também dengosa.
Tudo eu posso ser,
Em tudo poso crer.
Eu giro o mundo
E sempre me encontro
No que ser feliz!