"Muié, Muié, Muié..." =Poesia de sinceridade=

Muié, muié, muié,

Eta bichinho divertido

E mais cheio de utilidade

Sem uma eu não tinha nascido

Gosto é da variedade

Tem muié de todo jeito

De todo modo e feitio

Argumas cheia de peito

Outras de colo vazio

Tem também a bundudas

Que rebolam até paradas

E as de bocas carnudas

Que nunca ficam caladas

Tem loira, ruiva, morena

Inté muié careca ixiste

De argumas morro de pena

A ôtras ninguém resiste

Tem as muié cherosa

Tem também as fedidinha

As de bochecha cor de rosa

E as de cara espinhudinha

Uma coisa ninguém nega:

Muié vive de botá reparo

Só não bota se é cega

Se não é, é troço raro

Muié é bicho bom

Isso num posso negá

Mas quase todas têm o dom

De um home perturbá

Perturba por ser gostosa

Ou só pra mode de chateá

Muié e home num combina

A num ser naquelas hora

Em que a viola os dois afina

E as mola da cama chora

Muié é bicho cumpricado

Bem defício de entendê

Quem intende é viado

Que muié queria sê

Muié num joga sinuca

Nem faz farra lá no boteco

Nem pescá; no rio faz muvuca

Só se aquieta no peteleco

Muié é bicho estranhento

Por quarqué coisa fica aflita

Muié eu só cumprimento

Pruque elas tem periquita

Psicografado por Fernando Brandi e ditado pelo

espírito de Caulos Drumão Dandradi.

Fernando Brandi
Enviado por Fernando Brandi em 28/03/2009
Reeditado em 28/03/2009
Código do texto: T1510744
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