Picareta

Costa larga e de bela silhueta, tatuada discretamente uma borboleta.

Seios fartos e sutiã de cor violeta. Devia ser o mais belo de sua gaveta.

Perguntei seu nome e telefone pra anotar em minha

cardeneta.

Meio nervoso, não queria escrever a minha velha caneta.

Ela abriu sua maleta e pegou a sua, linda era de tinta vermelha cor de pimenta malagueta.

Eu meio chereta, quis saber se ela tinha amorado.

Delicadamente respondeu é aquele ali do lado sem

camiseta.

Eu assustei o sujeito era forte e tinha cara de bravo até parecia que fazia careta.

A mulher era alta, atraente, diferente parecia de outro planeta.

E eu ali dando uma de galanteador um tanto picareta.

Se o sujeito me percebesse sairia dali de muleta, seria jogado como lixo, na sarjeta.

Mas eu “saí de fininho” pra não ficar perneta, bem antes dos anjos tocarem as trombetas.

O NOVO POETA. (W.Marques).