Poesia de mentiroso
Um dia no meio da mata
por quatro onça cercado
Eu juro que não fiquei
nem um pouco assustado
tomei coragem respirei fundo
e pro embate me preparei
as onças todas ferozes
uma a uma eu encarei
sem nenhuma arma em punho
nem um canivete sequer
amarrei uma no rabo da outra
acredite quem quizer
até hoje tem gente que ouve
quatro onça num ronco danado
são as quatro que eu amarrei
cada qual querendo ir prum lado
se isso fosse mentira
eu não tava aqui junto
ou preferem acreditar
num poeta já defunto