AS APARÊNCIAS NÃO ENGANAM...V
Vem em sua direção,
Aparenta meia idade,
Sob o braço, um violão,
Camiseta com publicidade,
Sandálias daquelas de padre,
Cabelo do alvoroçado,
Chama você de " cumpadre ",
Sei que não estou errado,
Ele é músico ou cantor...
Já sacou, meu senhor ?
Um amigo lhe visita,
Chega uma mulher,
Logo você se irrita,
Ela já mete a colher
No que estavam falando,
Parece o homem da cobra,
Fala muito e resmungando...
Quem é ela ? Sua sogra !
Ela confidencia,
A você, como amigo,
Que sente grande agonia,
O casamento está falido.
Está carente de amor,
Do sexo, tem saudade,
Que é vazio seu interior
Com tão reduzida idade.
Hum...que história triste !
Amarga como fel,
Mulher assim existe
É a esposa infiel !
Chega de madrugada,
Mais prá lá do que prá cá,
A porta está fechada,
Não consegue a chave acertar.
Paletó debaixo do braço,
A gravata é borboleta,
Sapatos de cadarço
E a calça sempre preta.
Se você não adivinhar,
Vou dizer que não está bom,
Pois é facil de acertar
Este homem é um garçom...
É só prestar atenção
Na maneira de atuar
Ou na roupa do cidadão
Que é fácil desvendar.
Auro.