O URINOL

Esta foi uma ciranda que vi na sala da Fernanda Araújo, minha querida "mecenas" de Divinópolis.
A ciranda deve ter sido publicada mais ou menos no período em que estive afastada daqui.


Onde é que eu estava
Que não soube do urinol?
Será que alguém o guardava
Pro tomar sua Scol?
 
Pinico lá na Europa
É coisa muito comum
Mas é chato quando toca
O friozinho no bumbum...
 
Vi um pinico esmaltado
Pintado com florezinhas
Não se livrou o coitado
Do xixi da vovozinha...

Objeto muito antigo
Mas de grande utilidade
Nos palácios era o artigo
De plebeus e majestades.

Se você não o conhece
Uma pesquisa então faça
Sua avozinha merece
Antes que na roupa faça...

 (Hull de La Fuente)
 

para o texto:
variando... 
- da poetisa Fernanda Araujo
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Interações são sempre bem recebidas:

  
O pinico aí da foto
é dos tal de antigamente
é todo de porcelana
pras bundas de gente bacana!
 
Teu um tipo engraçado
com um espelho no fundo
ele é todo esmaltado
e mostra todo o "assado" !rsrs
 
Há ainda um problema
pros gordinhos de plantão
sentando nele ainda que tema
seu bundão encosta no chão!
 
rsrs beijos e tudo de bom,
chica
Rejane Chica
 
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P.ôxa que pinico chique
I.magino a situação
N.aquele piquenique
I.ncrenca e confusão
C.om o povo correndo
O.pinico na mão .
 
Fernanda Xerez

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Meu vizinho foi à guerra
E com  neurose  ele volta
Toda noite ele desferra
No urinol sua revolta.
 
O urinol é linguarudo
Segredo ele não guarda
Para o povo conta tudo
O que viu na retaguarda.

Fernanda Araújo
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Usar pinico, não fere
Nem agride a natureza
O problema é quem confere
E vai fazer a limpeza.

O estranho objeto
De tristeza, não vingou:
Onde jogar o dejeto
Que o sujeito despejou?

Milla Pereira



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No meu tempo de fazenda,
Não havia alternativas.
Do pinico, as tratativas,
Eram do mato, oferendas...
 
Jacó Filho
 
***

 
Gente chic usa urinol
Pobre faz é no pinico
Coitado de quem faz no mato
Com folha de bananeira
Corre o risco de ranhar o distinto
E pagar mico, muito mico.
 
Um abraço, Edson
 
Edson Gonçalves Ferreira
 
***



As trovas a seguir, são do escritor, poeta e diplomata (Menino Maluquinho. Não disse seu nome, embaixador, nem vou dizer o país onde você nos representa, ok?), que escreve e publica na Usina de Letras usando o pseudônimo "Xan Zelizê". É de seu feitio usar pseudônimos com cacófatos.

Hull



Saul Moura Azedo:
 
Entre tantos felizardos
curtindo um lugar ao sol
percorro a trilha dos cardos
a carregar o urinol! 
 
Yuri Nero da Hora:
 
Enquanto uns se refestelam no paiol
outros se assanham sob o virol
e todos se regozijam co´o arrebol
por quê me sobra só o urinol...? 
 
Pepe Nikko:
 
Pinicando de vontade
de ver contigo o arrebol
martirizei-me feito um frade
e renasci em teu urinol.
 
Herodes Moralez Hado:
 
Se te peço preferência
pra ser teu urinol dourado
só quero ter a decência
de encarar o pecado.

Menino Maluquinho

Piniquim de Santa Chiara
respeitoso servidor
mesmo quando dás de cara
co´a doce fonte do amor

***


Yuri Ney

Das bem conta do recado
mas, piniquim, nao de iludas
sais defecado e urinado...
ante as coisas cabeludas!

***

Desencavaram o penico,
pra os mais chiques: "urinol",
como a redoma é pra rico,
para os pobres, o formol.
 
Meriam Lazaro
 
***

Aurina Clara das Virgens
 
Nas noites de lua clara
com uma só coisa me intrigo
dos outros escondo a tara
a ti a entrego, amigo

***


A participação do meu mais novo amigo poeta Heliodoro Morais ficou muito boa também. Benvindo!


O penico é muito esperto
Ao meu ver,um grande mala
Porque ver tudo de perto
De boca aberta e não fala.
 
O urinol, eu suponho
É muito mais bem tratado
Pelo buraco risonho
Que pelo outro zangado.
 
(Heliodoro Morais)


***





Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 01/07/2009
Reeditado em 05/08/2009
Código do texto: T1676608
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