Quando me zango (EC)

Quando eu me zango, morena
Fico fula, indignada
Logo eu rodo a baiana
E cega, não vejo nada.
E não invente, maluca
Se engraçar com meu peão
Eu lhe armo uma arapuca
E você fica na mão.
Não me faça ficar doida
Pois famoso é meu ciúme.
Ele me deixa mordida.
Esfrego uma pedra ume
No seu nariz rebitado
Ele vai ficar tão chato
Todo, todo amassado
Bem pior que pé de pato.
E não se esqueça menina
Que quando fico zangada
Logo deixo de ser fina
E fico mal educada.
Quem avisa amiga é.
Escuta o meu conselho.
Faça a mala e dê no Pé
Antes que eu pegue num relho.
Tou perdendo a estribeira
Com sua cara de sonsa.
Logo faço uma besteira
Já estou virando onça.
Tenha cuidado safada
Ponha –se logo a correr
Vou lhe dar uma palmada
Que vai muito lhe arder
Pois assim trato criança
Que metida a gente grande
Em minha vida faz lambança
E depois corre e se esconde
fingindo que nada fez.
Sei que vai se arrepender
Pelo menos desta vez
Você há de aprender.


Este texto faz parte do Exercício Criativo - Quando me Zango
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