As duas rimas da Fé

Pairando sobre os ombros da criatura,

Na calada simbiose da raça humana.

Como feras famintas na arena romana

Comem os ossos lambendo a gordura.

Fraco em fundação e sem estrutura,

Nas ondas sonoras de um rio de lama,

Histéricos gritos, voz desumana.

Sujando os homens prometendo ventura.

Futuro sem dores, luar de brancura.

Promessa de vida aos homens proclama,

Todos correndo atrás da loucura

E na frente do Deus que calado não clama

E não mostra no rosto nenhuma brandura.