CASAMENTO DO RONALDINHO
As bonecas, Júlio e Zeca,
se encontraram num barzinho...
- Eu não lhe disse, boneca?
Pois, fisgaram o Ronaldinho.
- Casou? Que tragédia, amiga.
- Pois é... fui ao matrimônio.
De nada serviu-me a figa
e as brigas com Santo Antônio.
- Não faça cú de veludo
e me fale, danadinha,
pois quero saber de tudo.
Comece a abrir a boquinha.
- Tudo muito radiante,
foi um desbunde total.
Tanto, que chorei durante
todo o cerimonial.
Com aquele seu vigor
(que nos é peculiar),
à espera de um estupor
à beira daquele altar.
Aquela pele morena,
pelo sol bem bronzeada,
roubava o brilho da cena,
filmada ou fotografada.
Aquela barba cerrada
(algo que dava na vista),
julgo eu ter sido aparada
pelas mãos de um bom artista.
Ah... o azul naquele olhar
que me dá tanto prazer;
com que vivo pra sonhar,
com que sonho pra viver!
Da rosa, a fragrância e a cor
tinha em seus lábios contidos,
que emanava tanto ardor
fazendo eu perder os sentidos.
O seu corpo, o de costume,
de causar inveja à gente,
e ele usava um tal perfume
que inda guardo o cheiro à mente.
Terno azul da cor do mar,
lenço branco na lapela.
Visto assim, pôs-se a chorar
quando deu-se a entrada dela.
- Fale sobre essa devassa...
- Olhe, vou lhe ser bem franco:
Nunca vi coisa mais sem graça...
Toda vestida de branco!