ZÉ DAS TROCAS

ZÉ DAS TROCAS

Vivendo de cambalacho,

Vende ou troca sem cessar.

Até galo de despacho

O larápio quis trocar.

Mora à beira de um riacho,

Não há com quê se inquietar.

Quando é noite, acende o facho,

E começa a procurar.

Achou um certo capacho,

Num muro estava a secar.

Mais adiante, um grande tacho,

Levou-os pra negociar.

No caminho, sob um cacho

Do cabelo foi atar

Arruda, para o despacho

Nenhum mal vir lhe causar.

Zé das Trocas, cabra macho,

Numa feira foi trocar.

De frutas encheu o tacho,

Pra tornar a negociar.

Pela troca do capacho

Belas uvas pode achar,

Escolheu um belo cacho

Para poder merendar.

Quando à beira do riacho,

Sentado pra meditar,

Na mente brilhou um facho:

-"Minha mulher vou trocar!"

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 06/02/2010
Código do texto: T2071899
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