poema adormecido

o poema dorme quieto,

necessariamente calado

amanhã, quando acordar, irá falar,

mas antes que o faça

é possível que sinta algo de novo,

uma nova sintaxe

ou algo que o estivesse incomodando

e que precisasse ser suprimido,

jamais tomaria uma pílula

pra consertar o que quer que fosse,

aceitaria, sim, uma piruada

do seu autor...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 30/09/2010
Código do texto: T2529163
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