O RELÓGIO DO CACHACEIRO *

Depois de tomar todas no barzinho
Na rua, o biriteiro cai no sono
Um cara o vê deitado no caminho
E pensa: "o de bebum jamais tem dono"

Consuma tal maldade e, não contente
Se apossa do relógio do sujeito
E sai assobiando, sorridente
Decerto por ficar bem satisfeito

Um dia, são e sóbrio, o pé inchado
Ao ver o seu relógio noutro pulso
Reclama com o cara: "isso é roubado!"

Sabendo pelo algoz do acontecido
Recua no protesto o 'bebo' avulso:
"Verdade, não é meu... É parecido"

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* Adaptação de piada