HORÁRIO DE VERÃO
Retornando sorridente, trás benesses à estação
Em contraste ao piche, ao trem, farta ornamentação...
Na varanda, espreguiça o varão; vento no rosto, ancião!
Andorinhas, alarido; profusão...
Debulham-se em cores, flores... Rosário, estupefação!
Manifesto na igreja: claridade, carrilhão...
Farta alegria, verão... Mudança de horário, um senão.
Horas manipuladas... Erradas, desfilam; não desafiam
Satisfação da minoria; salve a economia!
Não bastasse a canícula, incerteza fica;
Uns poucos aclamam; muitos, outros, reclamam...
Como cumprir compromissos!
Reprogramar agenda é difícil;
Perdoe-os elementais; os pássaros, os samurais...
O que se anuncia, confunde; expectativa não corresponde
Sol de vergonha se esconde.
Horas antecipadas... Insensatez apressada!
Insensível quem não se apercebe de nada
Faina rotina, ação matutina, requer tudo hora certa;
Trapalhada põe a flor numa enrascada; na descoberta
Sino e badalo se aliam autenticando a mancada;
Credibilidade tombada, confiança ameaçada: martirizadas
Matizadas, encarnadas; outras tantas, amareladas...
Confusão generalizada!
- Desabrocharam na hora errada...?!