A Caça

Querida mulher que hoje eu tenho,

Espero que entendas a minha loucura,

Por não saber nem de onde venho

Somente estava eu, a tua procura.

Tu és o papel onde faço o meu desenho,

O lápis o rabisco, a arte e a figura,

A energia que roda o meu engenho,

Com um simples movimentar de cintura.

Manda brasa que quero ficar nas alturas,

Meu prazer duplicado como o lenho,

Em loucos prazeres de duas criaturas.

Não faço juras de amor, mas me empenho

Em dizer a verdade simplesmente pura,

Pois é de amor a vida que ainda tenho.