Briga na Madrugada

O vento batia na janela

Assustando Sebastião

A chuva que lá fora caia

De repente parecia

Por um fim no verão.

Com muita irritação

Sua esposa se levantou

E foi num pinico mijar,

Quando sem imaginar

O pinico de lado virou.

A urina se espalhou

Molhando todo o chão,

Da boca de Luzia

Todo palavrão saia

Até irritar Sebastião.

O infeliz sem compaixão

Deu uma tapa na boca de Luzia,

Tão forte foi a pancada

Que a pobre coitada

Quase que desse mundo partia.

A sogra no outro quarto dormia

Quando escutou a bofetada,

Rápida, veio ver o que era

Rastejando feito uma fera

Na escuridão da madrugada.

Ao ver sua filha amada

Ainda meio tonta

Foi logo pra cozinha

A velha Rosinha

Disse, eu estou pronta!

Respondendo a afronta

A velha tacou uma mão de pilão

Nas costas do genro bruto

Que depois do tumulto

Caiu do lado do colchão.

O sol brilhou no sertão

Quando Luzia acordou

Sem entender nada

Do lado a mãe armada

Com uma mão de pilão.

E o infeliz Sebastião

Dormia sem perceber

Que era vigiado

Pelo olhar abuticado

Da sogra que lhe veio abater!

Quando ele recuperou

Totalmente o sentido,

Nunca mais quis brigar

Nem se quer se alterar

Mesmo que estivesse enraivecido!

Gilberlandio Francisco
Enviado por Gilberlandio Francisco em 28/07/2011
Reeditado em 29/07/2011
Código do texto: T3123662
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