Os seis mané!

Um belo dia aqueles seis desconhecidos,

Tornaram-se grandes e bons amigos.

Do uniforme, arrancavam o bolso da camisa,

E entravam na classe feito time de futebol.

Curtiam muita brisa,

E quando iam à praia, só torravam no sol.

Nos dois primeiros anos eram só cinco que arrasavam o quarteirão,

Depois que foi aparecer aquele do narigão,

Queria Gabriel, mas o que pegou mesmo foi João,

Até hoje se discute como isso aconteceu,

Ninguém sabe de onde ele surgiu,

Estudava na classe do Mateus?

Não, era do terceiro B, da classe do Gil!

Mas foi com a turma do Domina que João se interagiu.

Se cinco já se divertiam um bocado,

Imaginem seis,

Ninguém era deixado de lado,

Quando a diversão era a vez,

Hora de rachar a gasosa! Êita, volta aqui danado!

E geralmente acabava dividindo só em três,

E as vezes, no campola, encontravam o Japonêis.

Aquele com a Mecha no cabelo, ficou por um tempo distante, namorando,

Justo na época que na praia, riamos da “Bela e a Fera no mato transando”,

Ou da pasta de dente do Rodrigão,

Que por uma semana sentiu o que era solidão,

Também teve o porre do Andorinha tomando pinga com mel,

Mas hoje já se sabe que quando for comprar pastel,

Dinheiro emprestado não tem retorno, quando se fala no Edel.

Um cara tranquilão,

Que uma vez nos levou a chácara do Rubão,

E com seu Chevette, nos fez conhecer a sensação,

De voar como um gavião.

Na viagem de formatura, aí sim, estavam todos, juntaram uma grana e compraram uns goró,

Faltava o gelo, foi aí que João teve a brilhante idéia, de na dona do mercado, dar um nó,

Mas seu plano foi por água abaixo, quando percebeu que ela estava parada,

Logo ali, logo ao seu lado.

E até hoje, quando tomam uma gelada,

Esse assunto volta a ser abordado.

E o Mateus, gato mestre, também acaba dizendo que o Osvaldo com a moto é relaxado.

Osvaldinho é o cantor, é o poeta, o compositor, o divertido, o palhacinho,

Mas quando coloca aquela camiseta achando que está fortinho,

A gente tira sarro: Quanto tempo você está na academia, mesmo? E ele fica todo bravinho.

Até hoje quando esses malucos se encontram, é só diversão

Faça chuva ou faça sol, no inverno ou no verão,

Mas o Mateus se não for Skol, ele nem põe a mão,

E o Rodrigo tem que ir buscar! Se pelo menos ele esperasse no portão!!

João Valio
Enviado por João Valio em 08/12/2006
Código do texto: T312474