A Mulher que Ganhou o Concurso

Se concursar

Adélia

Amália

Anália

Acália

Amélia

e o elefante

disputando a maior tromba,

o pobre paquiderme

perde.

Por que, ó vida,

me rodeaste

de mulheres carrancudas?

Vencedora,

sairia, a Amélia Zarcone,

falsa como anel de bala

e mal-humorada sem igual.

Trompa e Trompete

em uma só boca

da mulher rancor

e cheia de dor.

Eu só queria a mulher

que fosse de verdade.

Serviço de cama, mesa e banho.

Não a mulher objeto

e nem a-bjeto.

Nenhuma boneca inflável,

tão pouco.

Mulher amante, amiga, companheira

acompanhante.

Ah, bobagens!

Bagagens românticas.

Maldição!

L.L. Bcena, 25/11/2011

POEMA 008 - CADERNO DAS MALDIÇÕES.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 25/11/2011
Código do texto: T3356363
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