Psicose, Sigmund Freud

Bendito Freud,

Bem-dito!

Deu-nos o bode expiatório,

o saco de pancada,

o depósito de nossas neuras

e queixas.

Na academia

(de ginástica)

o rapaz de corpo

(quase)

bem feito

responsabilizava a mãe,

pobre,

pela sua farta barriga:

-ela é grande assim porque ELA

era preguiçosa e não me dava comida.

Embuchava-me de chocolate e batata frita.

Maldito,

Bendito Sigmund!

Maldição das culpadas mães.

Produziram os Normas Bates.

PSICOSE.

Culposas

Rosas.

L.L. Bcena, 13/12/2011

POEMA 011 – CADERNO DAS MALDIÇÕES.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 13/12/2011
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