CUM SÔDADE DO AMOR DA GENTE!
Hoje o dia tá tão cinzento,
Inté o papagaio tá calado;
Só escuito o baruio do vento
E a chuva caindo no teiado!
É tanta carma, tamanha doçura...
Da janela escuito a chuva pingando,
Parece inté que a chuva murmura
O nome da minha muié vortando...
Pra vortá a sê a minha vida,
Tudu cumu era antigamente;
Ela vortava triste e arrependida!!!
Cum sôdade do amor da gente!
Dispois tarracava as minhas mão,
E oiava carmamente prus oios meus,
Cumu si ela tivessi pidindo perdão
Pur dexá a casa vazia dispois do adeus!!!