Ela bagunçou a minha vida.
Imagina só...Vê se pode,
Fez meu cansado coração,
Bater em ritmo de pagode.

Troquei minha seresta por carnaval.
Tirei o terno, coloquei a bermuda.
Joguei fora os remédios de cólica renal.

Vi que o amor a vida da gente muda.

Colei melhor a dentadura.
Pra poder suportar os beijos.
Apertei a cinta afinando a cintura.
Enchi o vazio da vida com desejos.

Coloquei lente de contato azul.
Aprumei melhor o ombro caído.
Decorei poemas de amor do Zito.
Instalei até aparelho no ouvido.

Aprendi a dançar: pagode,
Salsa, lambada, forró e rock.
Coloquei brinco e até piercing.
Vi-me no espelho, levei um choque.

Fui ao seu encontro com euforia.
Encontrei-a...Vestida de chita!!!
Dançando catira e tocando viola.
Minha alma ficou assim aflita.

Perdi a flor cobiçada e mais bonita.
Senti naquela hora que eu já era.
Mudei tanto que fiquei uma coisa esquisita.
Um inverno tentando ser primavera.

Autor: José Augusto Silvério. ZITO.
José Augusto Silvério - Zito
Enviado por PoderRosa em 24/09/2012
Código do texto: T3898718
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