O GALO DO VIZINHO
 


Eu bem que desconfiei
que num pijama listrado
era o galo que encontrei
na cerca empoleirado.
 
Joguei nele meu chinelo
pra parar com a cantoria
mas virou foi um duelo
com seu galo teimosia.
 
Agora cheia de sono
pois dei plantão no hospital,
o tal galo, como o dono,
quer fazer um festival.
 
Cocori cori cocó
entoa com alegria,
no canto não fica só,
mas parece uma folia.





 


Para o texto: = E nem é... =
De: BETO bp






INTERAÇÕES SÃO SEMPRE BEM ACEITAS.


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Arranjei a solução
pra esse galo fogueteiro
antes dele te acordar
acorde ele primeiro

 
Obrigada, Wilson.


Interação humorada, enviada por e-mail, por Sir Aleixenko, o primeiro ministro do reino de Gorobixaba.


 O GALO DO VIZINHO
 
Estou um tanto quanto desconfiado
Desta história do pijama listrado
Em cima do muro era o Ricardão
Que não ariscou entrar pelo portão
 
O galo do vizinho tornou-se culpado
Do sono dela ter acabado
Do chinelo ter sido arremessado
Do marido estar sendo chifrado
 
Este galináceo é um coitado
Quem boa cama faz nela se deitará
Não tem língua, é atrofiado
Nunca cantou, nem cantará
 
Mas que cantoria que nada
Era uma noite de um silêncio só
Tudo quieto naquela madrugada
Ninguém ouviu cocori cori cocó



Obrigada, poeta.