A PRINCESA NA CRISE
São os olhos da necessidade
A barriga roncante e vazia
As vacas magras agourentas
O tempo de crise, que faz
A princesa ver no sapo enrugado
Um príncipe engomado.
Assim como o cachorro
Enxerga no osso roto
Um pedaço de carne macia.
Porém toda ilusão se desfaz
Na primeira mordida
Ou até o sapo dar o primeiro pulo.