Processo Contra Uma Escritora do Recanto das Letras
Eu? Eu? Eu? Eu um devasso?
Homem puro, quase um cabaço...
Meu Deus, o que é que eu faço?
Injustiça me causa um cansaço..
Eu, devasso? Sinto-me palhaço...
Na boca sinto um amargo traço..
Eu, que jamais dei um só amasso?
Só beijinhos puros, não beijaço,
Cruelmente tachado: Devasso!
Eu confundo com palha de aço
Aquilo nas mulheres, o chumaço
Que quando me mostram, eu passo.
Minerva me chamou de devasso...!
Abrirei contra ela um processaço
E ela verá que não sou um molengaço.
(Já expliquei a ela,
Mas adiantar não vai:
Eu sou só o Devassinho.
Devasso era o meu pai.)