FAZENDAS

FAZENDAS...

Prá quem não sabe,

Vou logo anunciando,

O nome de fazenda,

É também nome do pano.

Quem já trabalhou com este artigo,

Há muito, desde menino,

E sabe tudo do mesmo,

E o Sebastião Titino.

Quem também entende de tecidos,

E trabalhou em uma loja em Piranga,

É o amigo Zé Romualdo,

Que vendia “pano prá manga...”

Vendiam também a “carne seca”,

Que tentavam passar por fustão,

E o freguês desconfiado dizia:

Prá cima de mim? Esta não...

Tudo era vendido em metros,

Lindas peças de veludo,

Muitos tecidos finos,

Por um preço absurdo...

O brim era muito vendido,

Pois servia a muitos fins,

Era o cáqui e o coringa,

Uma procura sem fim...

Para os mais abastecidos,

Eram panos estampados,

E para os de poucas posses,

Só sobravam os riscados...

Muitos ficavam alegres,

Com as compras da gabardine,

Outros não se contentavam,

Preferiam a poupeline.

Para trabalhar com tecidos

Temos que ter atenção,

Ser o craque da tesoura,

Como o José e o Sebastião...

Murilo Vidigal Carneiro

Calambau, 05 de março de 2019

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Enviado por murilo de calambau em 10/03/2019
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