SIrene

O sorriso de Irene

Ilumina o bairro inteiro

Quando sai de orelha à orelha

Aciona o corpo de bombeiros

É brasa! É fogo! Arde

Provoca o reboliço...

Corre-corre no hospício

E quando ela veste tanga?

Só uma tirinha...em suas

Polpudas nádegas...aí...

É TERREMOTO...Tsunami

Estremece os barracos

Acaba o estoque dos botecos

Nuvem de poeira no ar

O samba rola solto

Ancas...buzanfas...coxas

Requebram faceiras...felinas

O riso de Irene é um perigo

Provoca motins nos presídios

Alaridos...pruridos...estampidos

Ela é uma bomba-atômica...

Quando desfila suas potências

É prenúncio de 'pomba-gira'

O santo baixa e dê-lhe cachaça

O candomblé vira festa...

Haja charuto...despacho...cachimbo

Cheiro de tabaco infesta...atabaques

Solta a magia...tremores...ataques

É a poesia da orgia...

Sossega Irene! Aquieta seu dia

Ou me mate nos seus braços

Musa sedutora de calientes abraços

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 03/01/2008
Reeditado em 03/01/2008
Código do texto: T801052