SONETO - CICLO POEMA. (III)
Sonetos do poeta Malume(Manoel Lúcio de Medeiros)
Subi morro e desci serra, mas nunca tive um espanto,
Já caí me levantei, sem nunca ter dado um pranto,
E quem quiser me testar, se apresente, portanto!
Minha bicicleta voa, corta espaço e corta o chão,
Minhas marchas são maneiras, eu subo como avião,
Os meus freios são possantes, são como de caminhão,
Eu nunca andei atrasado, nem avancei contramão,
Do ciclismo sou uma fera, e nunca corri em vão!
No meu guidão sou seguro, nas curvas não tenho medo,
Quanto mais nela pedalo, nos lugares chego cedo,
O meu dom é de correr, respeitem o meu paradeiro,
Sou como pipa que voa, com a linha de cerol,
Na estrada acostumei, correr as léguas no sol!
Enfrento qualquer corrida, pra ganhar o meu dinheiro!
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