O bucho do céu

Duas feiticeiras faceiras

Sem quaisquer besteiras

Voam sem dar rasteiras

Misturam seus ungüentos

Num caldeirão suculento

No cardápio da emoção

Uma a musa Penélope

A outra a diva Buarque

Saltitam magia e arte...

Das Enises sem varises

Às Roses... bem felizes

Poetisas de boas matizes

Recorro então ao Zé da Luz

Poeta do começo do século...

Com seus versos...espetáculo!

‘Ai ‘se sêsse’ que enternece...

Como se quisesse numa prece

Trazer você para minha messe

Cochichei pra todas as flores

Que eu não preciso de virgem...

Que quero é furar o bucho do céu

Romper o hímen das nuvens

Levando você no meu arrebol

Despidos e sem nenhum lençol

Que fosses comigo como anzol

Para pescar... a tal da felicidade

E viver contigo para a eternidade

Mesmo indo pelas beiradas

Dos precipícios e hospícios

Vencendo todos os reboliços

Carrapichos e estropícios

Buchadas de bode e pagodes

Ancas e buzanfas que sacodem

Mas cadê você... meu bem?

Não me diga que não pode?!

Ai se sêsse! Vixeee santa!

Hildebrando Menezes

Fonte de inspiração: Veja o vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=RJQC1w0yRbk

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 20/04/2008
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