A caganeira de uma atéia contada em versos - Não deixe de ler! (risos)

Deus Omnia Purgat

Autor - Paraguaçu Sznajderman

Tomara um purgante às seis

Um vidro todo de vez

Que o ventre há mais de semana

Já preso tinha Susana

Fazendo do preparado

Juízo pouco acertado

Pôs o vestido de chita

E foi a fazer visita

Andado um quarteirão

Um passo sim outro não

Espasmos de início poucos

Viraram apertos loucos

Com ritmo mais apressado

Andando meio de lado

Aumentam-lhe as contrações

E saem-lhe peidos fujões

Agora vai assustada

Pois é maior a pontada

E a domina a idéia

Da iminente diarréia

De Lúcia a casa é distante

Muito mais a do amante

À fruteira, lá na estrada,

Não chega senão cagada

Em vão procura uma amiga

E mais lhe ruge a barriga

Descendo às tripas já sente

A lava incandescente

Mas eis que um templo aparece

Qual se lhe ouvissem a prece

E mais então não deseja

Senão defecar na igreja

Susana é bom que se diga

Só pela dor de barriga

- Pois atéia que só ela -

É que batia à capela

A porta porém fechada

Não deixa que a coitada

Prenda a golfada primeira

Da terrível caganeira

E após expelido o jato

O morno e fluido artefato

Que perna abaixo esvai

Em monte na escada cai

E enquanto tocam os sinos

Explodem seus intestinos

Em meio a um gemido agudo

E agora é merda por tudo

Assim termina a história

Cuja moral é notória

Pois hão acaso os ateus

De algo esperar de Deus?

Vincent Benedicto
Enviado por Vincent Benedicto em 12/01/2006
Reeditado em 12/01/2006
Código do texto: T97689