ALMAS EM DESENCONTROS

O tempo é meu amigo

Irmão andarilho e querido

Abnegado brinca comigo

Conforta meu peito ferido.

Bate o vento da madrugada

Ouço sua voz arrastada

Vagando na sala apressada

Meus olhos olham não vê nada.

Sinto a alma ofegante

Apertando meu peito apaixonado

Ouso dar um passo, outro passo!

Desanimada deito-me na saudade.

O relógio incansavelmente marca

As horas de impiedosa solidão

Numa dança macabra e mortal

Confirmando o nosso desencontro

Almas de sonhos e encantos

A minha solitária vaga

A sua, apenas no meu pranto existe!

Sussurrando que ainda me ama.

luizpoetista
Enviado por luizpoetista em 16/06/2008
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