AMANTE DA PRÓPRIA LOUCURA
Não era só teu sorrir de felicidade,
Era uma loucura que habitava tudo.
Morava na Casa Verde,
com parentes e amigos.
Vivia uma solidão visível,
era refugiado e amante
Da própria loucura!
Era o quarto 168 na virada do corredor,
que dava para a cadeira elétrica.
Por vezes chorava,
com os pulsos e punhos cortados.
Faziam-lhe limpar o sangue
que escorria por toda Casa Verde.
Amante da própria loucura!
Seus melhor amigos, aquelas baratas,
ratos, cupins...
Faziam a festa no dia de visitas,
quando Juju trazia os doces caseiros.
Doce de abobora, doce de batata-doce,
Que ele mau comia com medo de ter veneno.
Amante da própria loucura!