Corpo em Poesia- ( Dueto) Jorge Luiz e Carmem
Cada gesto, performance;
cada palavra, mantra;
num toque suave, tectônicas placas arrastam-se
nos subterrâneos da volúpia
como lavas cafajestes a derreter vontades pudicas;
um gemido conclama sublevações dos cinco sentidos;
unhas desenham formas bizarras
em posse rasgada nas costas do feitor
de vontades libidinosas;
a pele arroxeada determina
onde explodiram as minas da sevícia mais descarada;
a língua traçou o curso do desejo
no palato do abandono completo...
enquanto olhos cerram, definitivos,
as cortinas da razão.
O fremir dos corpos ainda é visível,
Mesmo esvaídos na languidez do desejo;
Afloram-lhes mais uma vez, os sentidos;
Não há mais dominante..
Há uma saga entorpecendo-lhes,
exigindo que o momento se perpetue.
Perdem o controle e se entregam
Não há sinal de vida lá fora;
Tresloucado balé de corpos
anuncia o frêmito final...
Meu querido Jorge, eis-me em dueto com você! Há muito esperávamos por isso!
Beijosssss