Corpo em Poesia- ( Dueto) Jorge Luiz e Carmem

Cada gesto, performance;

cada palavra, mantra;

num toque suave, tectônicas placas arrastam-se

nos subterrâneos da volúpia

como lavas cafajestes a derreter vontades pudicas;

um gemido conclama sublevações dos cinco sentidos;

unhas desenham formas bizarras

em posse rasgada nas costas do feitor

de vontades libidinosas;

a pele arroxeada determina

onde explodiram as minas da sevícia mais descarada;

a língua traçou o curso do desejo

no palato do abandono completo...

enquanto olhos cerram, definitivos,

as cortinas da razão.

O fremir dos corpos ainda é visível,

Mesmo esvaídos na languidez do desejo;

Afloram-lhes mais uma vez, os sentidos;

Não há mais dominante..

Há uma saga entorpecendo-lhes,

exigindo que o momento se perpetue.

Perdem o controle e se entregam

Não há sinal de vida lá fora;

Tresloucado balé de corpos

anuncia o frêmito final...

Meu querido Jorge, eis-me em dueto com você! Há muito esperávamos por isso!

Beijosssss

Carmem Lucia
Enviado por Carmem Lucia em 28/06/2008
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