louvor a loucura

Louvor à loucura

Olhei pra dentro de mim

Vi a carcaça horrorizada

De um enlouquecido,

Hipocondriacamente insano.

Vou embriagar-me de loucura

Vou rasgar meus documentos

Sair gritando pela rua

Que não, sou, apenas números.

Nasci a explosões atômicas

Vi de dentro do útero

A face agonizante de uma mulher

Lutei contra germes e micróbios

Sobrevivi a guerras e recessões

Fui espancado a pontapés

Em movimentos grevistas.

Idealizei um cristo comunista

Sendo engolido pelo monstro

Capitalista.

Vi o mundo

E o mundo abriu-se

Abriram-se os olhos

Fechados pela arrogância imposta

Católica caótica pedófila

(não quero este rotulo religioso,

não quero ser cúmplice,

desse vicio criminoso).

Quero a loucura desmedida

A loucura incontida

Que não cabe em si

Que transborda em beleza e sabedoria

Quero persistir nessa embriagues

Gritar mil vezes, que belo a loucura,

E sua insensatez.

Vamos louvar a loucura

E sua insanidade,

Enxergar com os olhos de um louco

A vida sem vaidades.

poeta plebe
Enviado por poeta plebe em 19/07/2008
Reeditado em 23/07/2008
Código do texto: T1087971