PERDOA

Como eu queria poder lhe contar,

as coisas que eu sinto e não sei expressar.

Perdoa se às vezes te falo

palavras assim impensadas,

mas seria pior teu abalo

se eu pensasse e ficasse calada.

Palavras, palavras apenas,

às vezes te faço poemas,

às vezes não faço verão,

às vezes eu sou o teu problema,

por outras sou a solução.

Perdoa a cabeça confusa,

perdoa o meu peito com medo,

ah, meu amor, me conduza

nos braços do teu aconchego.

Perdoa o meu jeito perdido,

perdoa esse meu embaralho,

é que o sol que me é refletido

na noite só deixa o orvalho.

Perdoa-me a falta de jeito,

perdoa a razão tão insana,

que cala a voz do meu peito

abafado a gritar que te ama.

Perdoa se eu falto contigo,

perdoa se eu te machucar,

entenda que eu sou um conflito,

e perdoa o meu jeito de amar.

Ah, meu amor, perdoa, desculpa,

perdoa o meu jeito de ser,

pois ele também me machuca

assim como fere a você.

Ah, meu amor, perdoa

se às vezes eu não sei lidar,

perdoa por ser a pessoa,

e ser também sonho a faltar.

Camilla Faria

Milloca Faria
Enviado por Milloca Faria em 23/07/2008
Código do texto: T1093947
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.