O PUNHAL
Com um punhal
De ponta muito fina
Dilaceraste-me a carne
Em cada parte que afagas
Cravas-te o punhal sem dó
Provocando buracos
Pequenos e profundos
Em meu corpo quase moribundo
Escorreu o sangue
Grosso e quente
Do dentro de mim
Sangue verde ...não vermelho
Sangue de esperanças por ti
Esperança que mesmo me ferindo
Tão profundamente
Ainda me ames veemente
Ah!!! que dor profunda
Causou-me este punhal
Deixou-me inerte, quase morta
Por tua partida ...meu sol
Sol que ilumina minh’alma
Estrela que me inspira e acalma
Flores que untam-me de perfumes
É tua presença em minha vida
Vida que já foi tão vazia
E agora sem ti
Sem guarida
Com tua volta
Todas as dores e cicatrizes
Irão cessar
Irão se fechar
Pois tu és a parte de mim
Que é viva
Que é luz
Que é puro amor
Parte de meu ser
Que só sabe amar.