Retira-me

A ingenuidade crédula,

utopia que vagueia

na sensação de delírio,

retira-me daqui,

imploro-te: retira-me daqui,

daqui a algum tempo

já não saberei mais o que sou,

de onde vim e nem pra once vou.

Exploro todo o diálogo

que brinca e a falar

não diz nada,

é só um mover de lábios.

Retira-me daqui,

estou sufocando no meio

de tanta barbaridade.

Tanta opressão

e o sangue está fugindo das veias,

retira-me, pois logo morrerei.

Sandra Vaz de Faria
Enviado por Sandra Vaz de Faria em 06/09/2008
Código do texto: T1165109
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