Numa procura

Que me chamem de louca

por perseguir uma quimera.

Que importa

se nessa louura me encontro

e vivo a buscar nesse encontro

um modo de desvendar

o mistério da vida?

Que me chamem de visionária

por vislumbrar uma ação.

Que importa

se essa ação me satisfaz

embora eu não me realize

jamais?

Deixem que eu continue a sonhar...

Em troca,

deixo que continuem a falar,

a pensar na minha loucura,

mesmo que eu morra

nesse vislumbre,

"à procura das esmeraldas"

sem, jamais, as encontrar.

Nadir de Andrade
Enviado por Nadir de Andrade em 15/03/2006
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