OBSESSÃO

Caminho tão próxima a meus extremos

Passo a passo em redundante obsessão

Pernoitando em mundos enfermos

Em busca da impossível perfeição

Permaneço alheia a teus claros sinais

Como se caminhasse tateando no escuro

Dando real importância à coisas banais

Dando vazão a esse meu lado obscuro

As paredes de minha vida são de areia

Onde o vento sopra o cisco no meu olho

E as lágrimas rolam, lavando a sujeira

Daquilo que planto e de tudo o que colho

Mergulho num mar que conheço tão pouco

Quanto mais eu nado, mais me vejo afogar

Quem pode afirmar que nada tem de louco

Certamente a primeira pedra poderá atirar

Luazul
Enviado por Luazul em 16/11/2008
Reeditado em 16/11/2008
Código do texto: T1286151
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