Sem título

Soubemos de nossos atos

Se é estranho, então deixe ser

Prometo não cobrar nada

Até porque não o quero fazer

Deixe teus lençóis saberem

Deixe a água nos lavar

Não há atitudes sujas

Não há sentimentos pra guiar

Não tenha medo de mim

Essências são o que deixei de guardar

Sangue e medo já se misturaram

Mesmo que pudesse, não posso voltar

Deixe teus olhos verem

Deixe tua boca sentir

Não há palavras pra eu esconder

Não há sentimentos para eu fugir

Ri disso tudo junto comigo

A música é algo que não quero lembrar

Teu corpo estava tão quente

Como eu posso me atrever a falar?

Deixe tua febre ser testemunha

Deixe teus dedos tocarem

Não há insistências pra eu lutar

Não há palavras pra meus lábios falarem

Mesmo que não tenhas medo da verdade

Mesmo que digas que eu te marquei

Não consigo acreditar nessa estranheza

Não acredito que também não cansei

Oh, então do que tenho medo?

Do teu corpo, da tua cama ou do teu arfar?

Poderia eu parar por um único instante?

Poderia eu parar logo de brincar?

Depois disso, o que somos?

Poderias pensar nisso um instante?

Amigos, conhecidos insanos

Ou, como eu disse, tu és meu amante?

Seja como for, pedimos

Mantenha isso em segredo entre nós

Isso pelo menos pro nosso bem

Até quando eu não ouvir mais tua voz

Luiza Araújo
Enviado por Luiza Araújo em 01/12/2008
Código do texto: T1313302
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