Sem título
Soubemos de nossos atos
Se é estranho, então deixe ser
Prometo não cobrar nada
Até porque não o quero fazer
Deixe teus lençóis saberem
Deixe a água nos lavar
Não há atitudes sujas
Não há sentimentos pra guiar
Não tenha medo de mim
Essências são o que deixei de guardar
Sangue e medo já se misturaram
Mesmo que pudesse, não posso voltar
Deixe teus olhos verem
Deixe tua boca sentir
Não há palavras pra eu esconder
Não há sentimentos para eu fugir
Ri disso tudo junto comigo
A música é algo que não quero lembrar
Teu corpo estava tão quente
Como eu posso me atrever a falar?
Deixe tua febre ser testemunha
Deixe teus dedos tocarem
Não há insistências pra eu lutar
Não há palavras pra meus lábios falarem
Mesmo que não tenhas medo da verdade
Mesmo que digas que eu te marquei
Não consigo acreditar nessa estranheza
Não acredito que também não cansei
Oh, então do que tenho medo?
Do teu corpo, da tua cama ou do teu arfar?
Poderia eu parar por um único instante?
Poderia eu parar logo de brincar?
Depois disso, o que somos?
Poderias pensar nisso um instante?
Amigos, conhecidos insanos
Ou, como eu disse, tu és meu amante?
Seja como for, pedimos
Mantenha isso em segredo entre nós
Isso pelo menos pro nosso bem
Até quando eu não ouvir mais tua voz