O DESTINO DO ESPINHO*
O destino é um menino levado,
e eu sei tão pouco deste
ser incabulado.
A árvore ao lado,
a rua descalça de sonhos,
o chão despido e calado.
E eu sei tão pouco deste
ser incabulado...
O olho é um cavalo alado,
sobrevoando desejos
E eu sei tão pouco deste
mistério tão velado.
A boca é caminho e também
é pecado.
A língua sem pena vira espinho
encravado...
E eu sei tão pouco deste
vinho engarrafado...
O destino é menino levado.