O DESTINO DO ESPINHO*

O destino é um menino levado,

e eu sei tão pouco deste

ser incabulado.

A árvore ao lado,

a rua descalça de sonhos,

o chão despido e calado.

E eu sei tão pouco deste

ser incabulado...

O olho é um cavalo alado,

sobrevoando desejos

E eu sei tão pouco deste

mistério tão velado.

A boca é caminho e também

é pecado.

A língua sem pena vira espinho

encravado...

E eu sei tão pouco deste

vinho engarrafado...

O destino é menino levado.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 11/12/2008
Reeditado em 25/01/2009
Código do texto: T1330653
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