Reencontro com os demonios

Aprendi que preciso equilibrar as trevas

Que em mim existem

Equilibrar o mal

Que dormina meu coração

Torna-me frágil

Sem vontade de ser

Vendo-me como algo sem valor

Os passos dos meus fantasmas

Invadem meu ambiente

E não consigo distinguir mais nada

A nevoa em meus olhos

A dor em minha alma

O equilibrio despedaçado

Feito cacos caido no chao.

Tento fugir

Mas uma gargalhada

Se faz presente na noite

Um sacarmo presente

O medo me faz tremer

E na hora percebo que estou fugindo

De alguém impossível

Fugindo de mim mesma

Fugindo da minha dor

Fugindo do meu sofrimento

E principalmente

Fugindo dos meus demônios.

Corro sem parar

Mas eles estão dentro de mim

Corro sem parar

Mas eles me envolvem

Um grito perdido

O nevoeiro presente

O coração sangrando

A alma mutilada

Corro na ignorancia de fugir

Corro na ignorância de me deixar para trás

Corro na ignorância de ser a Santa

E jamais assumir o demonio

Corro e corro

Entre a nevoa

Mas nada posso ver

Nada posso sentir apenas a dor

Apenas o som da gargalhada

Derrepente noto um fato

A gargalhada já é minha

sou o demonio que me persegue

Corro

mas minhas maos me tocam

Toque gélido

Toque mortal

Sinto o mundo abaixo dos meus pés

Caindo

Abrindo

Lágrimas quentes no meu rosto

As unicas coisas quentes que sinto

Minha alma minha sombra

Me domina

Me possui

Já não mais eu

Posso tudo que eu não podia

Posso ser e nao ser

Posso amar e nao amar

Posso odiar...

Paro de gritar...

Começo a andar...

E noto que estou na cidade

Nao importo mais com nada

Pois a sombra me domina

Pois a sombra já é minha

E eu sou ela...

Uma parte da outra....

O medo não existe mais

Os olhos já nao há choro

E eu aceito quem sou...

Percorro e olhos nos olhos das pessoas

Pouco me importa

Já faço parte do mal

O mal nao pode me afetar

E eu sou assim

Continuo a andar

Andar entre nós

Anjo e demonio...

Para uns a visão do inferno

Para outros a visão do céu...

Mas sou assim

Tanto faz os outros

Tanto faz o mundo...

Quero apenas dominar

A meus demonios e usa-los

A meu favor

Apenas dominar meus demonios

E jamais acorrenta-los

Eles andaram comigo

Pois somos um só

Na loucura posso ver a frente

Na dor

Posso ser eu...

E assim eu continuo...

Caminhando e sorrindo

Entre as pessoas...

Entre as pessoas...

Entre mim...

Anjo e demonio...

Duas faces minhas

Amor e Odio

Paz e guerra

Sou a faceta

Sou tudo que eu desejo

Pois reencontrei meu demonios...

Bruxa do Silêncio
Enviado por Bruxa do Silêncio em 19/12/2008
Código do texto: T1344309
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