CURVAS DE UMA VIDA

Por esses caminhos, um dia já passei
se estava sozinho, juro que não sei,
e provável, pois só andei na contra mão.
Só vi estradas desertas e cheias de curvas,
que nunca mostraram o sol, sempre turvas,
estradas, que caminhei com os pés no chão.

Recordando tantas trilhas que já andei
como um andarilho, hoje, aqui nessa retornei,
uma triste lembrança, para minha imaginação.
Enfrentando as barreiras, com tantas chuvas,
não posso, nessas parreiras, colher as uvas,
que um dia nasceram, em meu coração.

Para esses caminhos, que um dia avistei
estou dizendo em voz alta, aqui não voltarei
aqui ficará sepultada toda minha ilusão.
As saudades e as tristezas ficarão viuvas,
pois essas paisagens se encaixam como luvas,
onde ficará enterrada, a minha recordação.
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 20/12/2008
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