Sol nevoado

Apenas humano

de olhos castanhos

assim hei de viver

confrontado

pelos sonhos prosaicos

Ausente de alma sou pensamentos

feito de acasos

que sucedem entre dores e prazeres

estranho na contingência

Não ser forte nem frágil

Apenas humano

Vagando de rua em rua

querendo entender os porquês

jamais perdido, encontrando-se

em olhares e cotidianos

você de vez em quando

Nas trovoadas e nas tempestades

e nos abrigos quentes medrando

Quero

o direito de aparentar como sou

na medida exata do mundo

que me é de humano.

mas só as estátuas olham o chafariz

que se detém na extensão da praça.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 08/02/2009
Código do texto: T1427703
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