TERRA DA GAROA

TERRA DA GAROA

Um cidadão corre de um lado para o outro

Numa frenética busca pelas horas.

O patrão cobra-lhe o suor:

Pensar é uma advertência,

Descansar, sua demissão.

Ninguém o ama,

Ninguém o valoriza,

Mas todos buscam refúgio

Nos braços de sua humildade.

A pressão aumenta...

Ônibus lotado!

Ou metrô, atrasado?

A chuva fina começa a cair

Desafinando uma velha sinfonia

Outrora bela e paulistana,

Agora, cheia de crises e mundana.

O paulistano interrompe a “fuga”

Para redescobrir suas raízes

E renascer em cada arranha-céu;

Cantando, comemorando e sorrindo.

A saudosa e imortalizada garoa volta a cair...

* ( Agamenon Troyan )