Dualidades.
Dualidades.
(Sávio Assad)
Não é fácil viver a vida dura de um desamor,
a esperança não vinga no meu coração desesperado.
Quando o amor transforma em um ódio doentio
e começamos a crer na solidão, mesmo descrentes.
Sabemos dos caminhos a seguir e ignoramos a todos.
Sabemos que, pensamentos nos invadem e nos sentimos vazios.
Sabemos que lágrimas rolaram, mas ficamos de olhos vidrados.
Emitindo um som tão alto, que o silêncio nos dilacera.
E quando a paz nos chega, ainda queremos guerrear,
arrancando tremores de nossos corpos serenos,
e lutando com o invisível, avistamos a solidão,
que invade nossa mente e externa o outro lado oculto.
Não quero partir no horizonte estonteante e
encontrar a chegada do meu sacrifício impune.
Quero erguer meus olhos e baixar minha cabeça
para encontrar um porto dentro de mim.
Niterói - RJ - 20/03/2009