voar noturno

voar no sonho de mãos abertas

almeja a solidão desnuda de luz

que conduz o tempo da varanda

herança vulgar de pele e de sangue

no alto construir os ninhos da fala

fronteira que ultrapassa o sorriso

apenas na frase o olho existe

sonho triste o voo das abertas mãos

boca quem diz o ninho da língua

cansado aprendiz do céu noturno

unido ao olho a língua e a mão

ouvido atento ao exagero da luz.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 30/03/2009
Código do texto: T1513798
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