O Sapato na janela

Foi o fim.

No parapeito da janela um par de sapatos, cadarços desamarrados, e uma brisa doce de adeus.

Foi o recomeço.

Nem ele sabia a que altura estava, mas com certeza era suficiente...

É a máxima contraditória entre coragem e a covardia, mas quem haveria de condená-lo?

Chega uma fase da vida onde as coisas param de fazer sentido, e daqui a um minuto demora um dia pra chegar.

Você olha pra dentro de si e vê que quase metade da sua vida útil já passou e...

E nada, porque nada mudou,você só aumentou seu nível de responsabilidades.

As pessoas vão e vêem como numa brincadeira, só que mais séria, agora leva o nome de trabalho.

E tudo isso é uma máquina de histórias pré-fabricadas.

Você sabe aonde começa, mas não sabe onde nem como termina.

Pode ser uma opção saber...

Naquele quarto do décimo quinto andar a ausência mais presente era o sapato na janela.

AnneRiq
Enviado por AnneRiq em 02/04/2009
Reeditado em 06/04/2009
Código do texto: T1519048
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