sentado na escuridão

afundado nas sombras da escada dois olhos

mente letárgica depois de tanta benzendrina

abraçado a noite com o lúgubre deserto sentia

uma péssima música executada no colchão

ensopado de suor o sonho vinha trepidante

o uivo louco de uma canção lacrimejante

a derradeira consciência sufocada no lampejo

insaciável garrafa que devora quem a consome

neblina fina do cigarro que emvermelha olhos

esculpiu no corpo mandalas que atrai harmonias

o sopro tísico de um metal que rompe nuvens

dum céu escuro que apenas se ver olhos e ventos.

SB Sousa
Enviado por SB Sousa em 15/05/2009
Código do texto: T1596505
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