AMOR PLATÔNICO

(LOUCA OBSESSÃO)

No jogo do amor aqueles que amam com maior intensidade, que tomam para si as maiores

Emoções são os grandes perdedores nos finais dessas histórias de amores não correspondidos.

Restando para si somente os corações partidos.

A dor do desprezo do outro sangra como uma hemorragia insistente que faz esmorecer toda a esperança, deixando em seu lugar o vazio que faz entristecer!

Que traz consigo tanto sofrer!

Quem ama sozinho ou ama pelos dois, acaba sofrendo as grandes decepções que despedaçam todas as ilusões.

O amor platônico é doentio, não é nem um pouco sadio!

Como um vírus que se instala no organismo ele vai destruindo toda a auto-estima,

fomentando a depressão que corrói a alma e aniquila o coração.

O amor é para ser vivido a dois e correspondido em todos os sentidos!

E não para ser desprezado e cair no limbo para ser esquecido.

O amor idealizado por um só em prol do ser amado acaba se tornando um fardo muito pesado!

Aos quais muitos sucumbem na dor, no descaso, na desatenção, no meio deste turbilhão.

Um amor só se cura com um outro! Diz um velho ditado popular, mas como é difícil deixar de amar.

Ilusões são perdidas, as perdas são por demais sentidas e as forças de vontades ficam totalmente enfraquecidas.

O sofrimento platônico tem o poder de uma Tsunami, é devastador!

Provocando gigantescas ondas de intensa dor.

Alimentadas pela indiferença e pelo desdém que ferem e matam como ninguém.

O amor platônico namora a loucura,sendo uma moléstia de difícil cura.

Onde a dor retorna de forma intermitente se fazendo sempre presente.

Só restando extravasar na mesa de um bar ou procurar um ombro amigo para se consolar.

Resumindo amar é bom demais! È maravilhoso!

Porém amar sozinho é desastroso!

Amar sem ser correspondido é fazer um trato com o inimigo, é trilhar um caminho por demais sofrido.

È viver como se já tivéssemos morrido. È cair de vez no Vale esquecido.

Amar é a soma de um mais um e não só um por dois neste universo de casais.

O amor platônico é irônico! Pois ainda tem a agravante de um muitas vezes não saber da existência do outro neste imenso horizonte.

Tudo fruto de uma mente irremediavelmente delirante.

Gerando em suas entranhas coisas estranhas como uma louca obsessão deveras amarga e doentia que tanto mal faz e que nenhuma serventia traz.

Autor: Francisco Gilbens Bezerra Franco

Francisco Gilbens
Enviado por Francisco Gilbens em 10/06/2009
Reeditado em 10/06/2009
Código do texto: T1641071